Mensagem do Mês - Maio/2010

"Deus permitiu a existência das quedas d'água para aprendermos quanta força de trabalho e renovação podemos extrair de nossas próprias quedas". Provérbio japones




sexta-feira, 24 de julho de 2009

QVT - Qualidade de Vida no Trabalho

by Ignês da Costa Pinto

              Hoje, a competição empresarial tornou-se cada vez mais disputada e o avanço tecnológico mais acelerado. Porém, o grande desafio da qualidade nas empresas passa a ser a gestão de pessoas, pois com o aumento da pressão por resultados, aumentou o número de funcionários que constantemente apresentam problemas de saúde e, inclusive de ordem psicológica.
              A percepção desses problemas, têm levado os empresários a perceberem que a qualidade de vida e a saúde são ativos importantes, pois envolvem dimensões físicas, intelectual, emocional, profissional, espiritual e social. Por, outro lado, práticas inadequadas no ambiente de trabalho geram impactos na vida dos funcionários, gerando, com isso a falta de motivação, falta de atenção, diminuição de produtividade e alta rotatividade, criando uma energia negativa que repercute na família, na sociedade e no sistema médico.
              De alguns anos para cá, o aspecto humano vem ganhando maior destaque. Se antes a qualidade priorizava os padrões internos estabelecidos pelos especialistas dentro da organização, hoje, essas organizações estão mais conscientes e procuram inovar este cenário, e, ao mesmo tempo mudar esta situação, elas estão transformando o ambiente de trabalho e a saúde emocional e física em vantagem competitiva, tendo plena convicção estratégica de que, quanto mais satisfação, maior o retorno e aumento de produtividade, criando assim, a visão de uma organização mais privilegiada, competitiva e equilibrada.
              Segundo a OMS, qualidade de vida é um conjunto de percepções individuais de vida dentro de um contexto dos sistemas de cultura e de valores em que vivem, voltada a suas metas, expectativas, padrões e preocupações. Tem como objetivo ajudar pessoas a modificarem seu estilo de vida, passando a um ótimo estado de saúde, sendo esta compreendida como o balanço entre a saúde física, emocional, mental social e espiritual, além de facilitar mudanças no estilo de vida, procurando com isso combinar ações e campanhas para consciência, comportamento e envolvimento de todos (CARMELLO, 2007).
              A QVT, representa o grau em que os membros da organização são capazes de satisfazer às suas necessidades pessoais com suas atividades na organização e, o melhor que uma organização atenciosa pode fazer por seus funcionários é ajudá-los a se manterem confiantes em um ambiente de trabalho harmonioso e, de acordo com Limongi-França (2002, p.296), QVT é o conjunto de ações de uma empresa de implantar melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho.
              Qualidade de Vida no Trabalho, não são apenas as condições físicas de trabalho que importam. É preciso algo mais. As condições sociais e psicológicas também fazem parte do ambiente de trabalho. Pesquisas recentes demonstram que, para alcançar qualidade e produtividade, as organizações precisam ser dotadas de pessoas participantes e motivadas nos trabalhos que executam e recompensadas adequadamente por sua contribuição. Assim, a competitividade organizacional passa obrigatoriamente pela qualidade de vida no trabalho (CHIAVENATO, 2008, p.365).

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O papel da Tecnologia da Informação na Inteligência Competitiva

by Ignês da Costa Pinto

              Estamos vivendo na “Era do Conhecimento”, ou seja, em um contexto mundial submetido às implicações decorrentes de grandes transformações nos cenários políticos, econômicos e tecnológicos, onde a informação é fator decisivo, e, aliada às inovações tecnológicas e o conhecimento para a produção e inserção no mercado, tornam-se alavanca para o desenvolvimento e, consequentemente referencial para a competitividade empresarial.
             Assim, o direcionamento das inovações tecnológicas em uma organização pode ser repaldado pelas informações provenientes de um sistema de inteligência competitiva que faz com que o mercado pressione as organizações a incorporar e aprimorar as tecnologias de ponta, evidenciado a importância da integração entre a informação, tecnologia e inteligência competitiva.
CULTURA ORGANIZACIONAL - Termo cultura apresenta uma infinidade de definições e cada uma está vinculada a correntes que tiveram seu surgimento na antropologia, mas que também podem ter como base, o uso na sociologia; a cultura organizacional perpassa toda organização, sendo sua essência a relação entre as pessoas, tanto no ambiente interno como no ambiente externo à organização; a cultura de uma organização precisa de tempo para que sua base e estrutura possam ser construídas, para isso, é necessário que a cultura, condicionando os indivíduos e sendo influenciada por eles, esteja preparada e direcionada para atender as etapas subjetivas que constituem a inteligência competitiva.
GESTÃO DA INFORMAÇÃO - A Gestão da Informação é um processo que consiste nas atividades de busca, identificação, classificação, processamento, armazenamento e disseminação de informações, independentemente do formato ou meio em que se encontra (seja em documentos físicos ou digitais).
formais, que seriam informações oriundas da imprensa, bases de dados, informações científicas (artigos científicos), informações técnicas (patentes), documentos da empresa etc.;
informais, informações obtidas em seminários, congressos, visitas a clientes, salões, exposições, agências de publicidade, informações ou até mesmo "boatos" sobre produtos, clientes, fornecedores etc.
GESTÃO DO CONHECIMENTO - A gestão do conhecimento é uma das bases que amparam o processo de inteligência competitiva nas organizações. Quando pautadas no aproveitamento, na sistematização e na socialização do conhecimento de seus indivíduos para a formação do conhecimento organizacional baseado na coletividade, as empresas obtém uma maior vantagem frente à concorrência e potencializam a exploração de novas idéias para fomentar a inovação; a gestão do conhecimento atua essencialmente nos fluxos informais de informação e no conhecimento tácito, resgatando informações internas fragmentadas e transformando-as em representações estruturadas e significativas (conhecimento explícito) capazes de auxiliar o processo de inteligência competitiva, assim como corrigir ações em situações críticas, identificar oportunidades e gerar atividades antecipativas frente à concorrência.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - Tecnologia da Informação é todo e qualquer dispositivo que tenha capacidade para tratar dados e ou informações, tanto de forma sistêmica como esporádica, quer esteja aplicada ao produto, quer esteja aplicada no processo, é um fator que faz a diferença para o sucesso ou fracasso de um sistema de InteligênciaCompetitiva, tendo assim, que estar disponíveis ferramentas que consigam integrar todas as informações da organização, independente da maneira que é gerada ou pelo formato.
INTELIGÊNCIA COMPETITIVA - A inteligência competitiva ou a vigília estratégica é o processo informacional através do qual a organização realiza a escuta “antecipativa” dos “sinais fracos” do seu ambiente sócio-econômico com o objetivo criativo de descobrir oportunidades e de reduzir os riscos ligados à incerteza; inteligência competitiva é um programa sistemático que visa a busca e análise das informações sobre os seus concorrentes ativos e tendências de negócios em geral para o futuro de uma empresa; em inteligência competitiva, o nível de interação e do relacionamento deve se situar tanto entre os indivíduos como entre os grupos (subgrupos) que forma a organização. Não se pode esquecer que a inteligência competitiva, é um processo e depende do que as várias partes que a compõe conseguem obter em conjunto.
AMBIENTE COMPUTACIONAL - O ambiente computacional é parte integrante do ambiente organizacional, assim como as tecnologias de informação que integram o Ambiente Computacional e, como esse ferramental tecnológico interage com os usuários possibilitando a criação, a disseminação, a utilização e a proteção do conhecimento.
                Portanto, com o avanço tecnológico, é essencial que as empresas se tornem versáteis em suas decisões, desse modo, é preciso que tenham informações precisas e atualizadas permitindo a captura, o gerenciamento e o compartilhamento de dados, informação e conhecimento, facilitando o trabalho a ser desenvolvido, bem como a tomada de decisão. As tecnologias de informação (TI) são muito úteis para apoiar o processo de inteligência competitiva, dentre elas pode-se citar: groupware, gestão eletrônica de documentos (GED), Internet, Intranet, Extranet e sistemas de informação; a implementação de métodos e técnicas de inteligência competitiva pode ser realizada com maior ou menor grau de intervenção da informática; duas formas de tratamento em termos de informática, nas quais varia bastante a interferência dos recursos computacionais, com um sistema de vigília tecnológica:
* tratamento limitado – consiste na coleta de informações de bases de dados, com a mudança de seu formato para melhor análise e difusão e o armazenamento para posterior uso (poucos meios em termos de informática são necessários).
* tratamento aprofundado – trabalhar verdadeiramente a informação, com a ajuda do computador, fabricando indicadores, avaliando tendências etc.
                A tecnologia da informação é um fator que faz a diferença para o sucesso ou fracasso de um sistema de Inteligência Competitiva, principalmente nas grandes empresas, onde as bases de dados são mais expressivas e a análise dos dados é feita com a coleta das informações de diversos sistemas, unidades e recursos heterogêneos; também se torna uma vantagem competitiva se a organização criar inovações tecnológicas que não estarão disponíveis aos concorrentes; as organizações vêm utilizando a tecnologia da informação como ferramenta de competitividade, com impactos importantes e positivos nos negócios, deixando de ser apenas um apoio às atividades produtivas para tornar-se parte integrante delas, redefinindo, assim, a cultura organizacional.
                Assim, as tecnologias de informação e comunicação (TIC), inegavelmente podem desempenhar papéis de suma importância no processo de construção e disseminação do conhecimento nas organizações. Os avanços tecnológicos facilitam os processos requeridos pela Gestão do conhecimento e informação, mas são apenas suporte dentro do processo; é imprescindível dispor de habilidades técnica e econômica necessárias para desenvolver um sistema de informação que conecte de forma permanente a empresa com as fontes de informação externas e internas; se faz necessária uma administração adequada, não apenas centralizando em sua capacidade de melhorar a eficiência das operações básicas e rotineiras; os recursos informacionais, formam um papel decisivo na busca pela melhoria da competitividade da empresa; com o avanço da TI a habilidade de uma tecnologia pode produzir muitos efeitos organizacionais ou seus opostos e, também padronizar atividades ou ampliar o poder de decisão dos usuários, reforçar o controle hierárquico ou facilitar a autogestão e a aprendizagem pelos próprios usuários; a TI pode ser tratada como elemento de estratégia para aumentar a competitividade para as empresas, mas, é importante salientar, que a tecnologia da Informação sozinha não pode garantir o sucesso de uma empresa;
• Ela certamente é um instrumento, mas, não um único meio.

Comissão aprova exigência de universalização de biblioteca escolar

by Edson Santos


Aconteceu - 17/07/2009 10h46

                 Alex Canziani: objetivo é melhorar a qualidade da educação.
                Substitutivo também prevê bibliotecário com formação superior e acesso à internet nas bibliotecas. Proposta segue para a CCJ.A Comissão de Educação e Cultura aprovou na quarta-feira (15) proposta que exige a instalação de bibliotecas em todas as escolas públicas de educação básica e a presença de bibliotecários com formação de nível superior nessas bibliotecas. O texto também determina que o acervo desses locais seja permanentemente atualizado e mantido em local próprio, atraente e acessível, com disponibilidade de acesso à internet.
               As medidas estão previstas no substitutivo do deputado Alex Canziani (PTB-PR) aos projetos de Lei 3044/08, do deputado Sandes Júnior (PP-GO); e 4536/08, do deputado Marcelo Almeida (PMDB-PR). O substitutivo também estabelece que cada sistema de ensino, de acordo com as condições disponíveis e com as características locais, terá a prerrogativa de organizar o trabalho dos bibliotecários, admitido o atendimento a mais de uma biblioteca escolar por um mesmo profissional.
               Segundo o texto, os sistemas de ensino da União, dos estados e dos municípios deverão garantir capacitação específica aos bibliotecários para atuar como mediadores entre os alunos e a leitura, de modo a contribuir para a formação efetiva de leitores. A proposta define um prazo de cinco anos para implementação das medidas previstas. O substitutivo altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - Lei 9.394/96).

Qualidade da educação
             Alex Canziani disse que os projetos vêm em socorro da qualidade da educação brasileira.
             "O mau desempenho dos nossos alunos, no que diz respeito às habilidades de leitura e de interpretação do texto escrito, tem sido amplamente denunciado pelos resultados de avaliações oficiais", afirma. Entre essas avaliações, ele cita o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA).
              Em relação aos projetos originais, Canziani excluiu a exigência do PL 4536/08 de que as bibliotecas tenham seu acervo digitalizado. Ele considerou que essa regra poderia trazer obstáculos econômicos à execução da proposta principal.
             Canziani também excluiu as metas de livro por aluno estabelecidas nos dois projetos. O PL 3044/08 estabelecia meta de quatro livros por estudante, enquanto o PL 4536/08 previa média de três livros por aluno.

Legislação atual
             Segundo o Plano Nacional de Educação (PNE - Lei 10.172/01), a "atualização e ampliação do acervo das bibliotecas" está entre as metas do ensino fundamental. Em relação ao ensino médio, uma das metas é haver padrões mínimos nacionais de infraestrutura que incluam "espaço para a biblioteca".
            Já a Lei 10.753/03, que institui a Política Nacional do Livro, determina que o Poder Executivo implemente programas anuais para manutenção e atualização do acervo de bibliotecas públicas, universitárias e escolares. Essa lei também exige, para efeito de autorização de escolas, a existência de acervo mínimo de livros para as bibliotecas escolares.
              Atualmente, o Ministério da Educação desenvolve o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), por meio do qual distribui livros para todas as escolas públicas, a partir do número de alunos. Uma escola com até 250 alunos, por exemplo, recebe 20 livros (0,08 livro por estudante).

Tramitação
A proposta tramita em
caráter conclusivo e segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:
- PL-3044/2008     - PL-4536/2008


Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro
Edição - Pierre Triboli
(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara')

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